quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CANDEEIRO


CANDEEIRO

É trêmulo o verso
e tênue como a chama do candeeiro,
que marca a página
de tinta e cinzas
nesse pardieiro.
Há uma cadeira
e uma mesa velha,
uma cama sofrida,
uma casa varrida...
Há um silêncio profundo
que acorda a noite densa
que tisna a lua imensa
nesse fim de mundo...
Há um verso vindo à galope,
cavalgando brenhas da escuridão.
E cai, manchado, sem perder o porte,
poema de tisna do meu lampião.