IX
Não te reconheço.
Nem mesmo entendo teus dons,
Tuas noites queimantes,
Tuas horas flamejantes
De seculares desejos.
O que é o amor
Esse menino que me seca todos os dias?
O que eu busco escondido
Nuns olhos claros de água salobra?
Tenho as narinas e as veias estufadas.
Meu verso não suportaria
O peso da palavra não
Na tua boca.
2 comentários:
Minha cara,
republiquei um de seus poemas. Mas gostei bastante dos Cantares IX: o seu erotismo lírico, de tão bom, chega a ser comovente.
Um beijo.
Lindo...
(Quero dizer bem construído.)
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