Sou um homem que se desfolha
em partes íntimas
enquanto debulhas tuas contas
em pequeninos grãos de bordados.
Procuro angustiado tuas frestas
esgueirando-me em precipícios
ouvindo distante tua pesada respiração.
Teu corpo me some entre as mãos
e se converte em várias bifurcações
onde me perco.
Não há portas.
Não há grades.
Apenas um homem que se descobre
na tua sombra despojada,
refúgio embrutecido de palavras.
5 comentários:
Jeanne, olá!
Nossa! Suspeito que eu agora desejaria ser uma fêmea...
Mais um bom poema.
Bom mesmo!
Oi Henrique, isso foi uma brincadeira q fiz qdo alguns poetas, amigos meus,daqui do RN disseram q sabiam se o poema era escrito por uma mulher ou por um homem. Fiz esse aí e ninguém descobriu q eu o tinha feito. Só pra chatear esses "poetas machistas". Um bjo
Não quero saber de sexo, quero tão somente o cerne da sensualidade que goteja no seu refúgio.
Mas gostei de sua rasteira. Brincadeira de bom poeta resulta nisso: qualidade estética e semântica...
Beijo.
Dicção masculina
Dicção feminina
O que vale é a poesia
Beijos
Oi, Jeanne!
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Beijos
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