sábado, 18 de julho de 2009

REFÚGIO

Sou um homem que se desfolha
em partes íntimas
enquanto debulhas tuas contas
em pequeninos grãos de bordados.
Procuro angustiado tuas frestas
esgueirando-me em precipícios
ouvindo distante tua pesada respiração.
Teu corpo me some entre as mãos
e se converte em várias bifurcações
onde me perco.

Não há portas.
Não há grades.
Apenas um homem que se descobre
na tua sombra despojada,
refúgio embrutecido de palavras.

5 comentários:

BAR DO BARDO disse...

Jeanne, olá!

Nossa! Suspeito que eu agora desejaria ser uma fêmea...

Mais um bom poema.
Bom mesmo!

Jeanne Araujo disse...

Oi Henrique, isso foi uma brincadeira q fiz qdo alguns poetas, amigos meus,daqui do RN disseram q sabiam se o poema era escrito por uma mulher ou por um homem. Fiz esse aí e ninguém descobriu q eu o tinha feito. Só pra chatear esses "poetas machistas". Um bjo

BAR DO BARDO disse...

Não quero saber de sexo, quero tão somente o cerne da sensualidade que goteja no seu refúgio.

Mas gostei de sua rasteira. Brincadeira de bom poeta resulta nisso: qualidade estética e semântica...

Beijo.

Moacy Cirne disse...

Dicção masculina
Dicção feminina

O que vale é a poesia

Beijos

Maria Maria disse...

Oi, Jeanne!

Eu indiquei seu blog para receber o selo BLOG DE OURO. Vá ao flores do seridó e pegue o selo para postá-lo no seu blog. Siga as instruções.

Beijos