Perco folhas expondo ternura.
Pinto cavernas em transe absoluto.
Me percorri extrema e cuidadosa
Pra vir do fundo, esquiva e retalhada.
Há mistério de nudez sagrada
Na estátua branca de ventre exposto.
Desvendei a secreta passagem
Do teu lado esquerdo.
Canto um hino sacro
Em volta do oratório herdado.
Queimo minha língua imerecida
No incenso do teu corpo.
Em amor, me refazendo.
6 comentários:
Seus textos superam muito do que leio na rede.
Isso é um elogio.
Parabéns!
Mantenha o ímpeto, Jeanne!!!
Obrigada Henrique, mesmo. No momento estou tentando publicar meu livro. Chama-se "Monte de Vênus". Um bjo e obrigada pelo carinho.
Jeanne:
Gostei muito de seu poema,
de tal forma que já se encontra no Balaio.
Um beijo.
Encontro-me em Natal. E você?
Jeanne,
Há mistério de nudez sagrada
Na estátua branca de ventre exposto...
Isso é rítmico e "clássico", ao mesmo tempo. No melhor sentido do termo. Aquela dicção que transita do coloquial luxuoso ao quase-solene. Muito bom!
Beijos,
Marcelo.
Obrigada Marcelo...mas juro q o verso sai assim, como se alguém soprasse em meu ouvido. Raramente refaço algum. grande bjo.
Muiiito bom, Jeanne. Te encontrei lá no Balaio Porreta. Abraço.
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