quinta-feira, 27 de agosto de 2009

PÁTIO


Ai, debaixo do teu corpo
é que me reviro, resvelo
pontiagudas farpas
e palavras.
Meu coração brota
indevidas fantasias
que meus caninos refazem
caminhando sobre tua pele
mordendo tuas flores
mastigando o escuro
das tuas fendas obscenas.

E no fundo de mim mesmo
encontro-me clandestinamente
no largo da minha própria cama.

4 comentários:

Moacy Cirne disse...

Menina, Menina,
a cada novo texto
mais e mais se faz bela a sua
poesia.
E mais e mais
o erotismo
encontra o lugar do
vivencial que se quer existencial.
Ou será o contrário?

Um beijo.

BAR DO BARDO disse...

as fendas... elas devem ser ofendidas em silêncio, com saliva.

Bom texto, Jeanne!

Iara Maria Carvalho disse...

henrique disse tudo...ofender as fendas do jeito certo, poucos sabem.

p.s.: menina, tem poemas seus na nova performance do Casarão! vamos nos apresentar em Natal, no seminário Mulher e Literatura, Hotel praia mar, quinta dia 03...se puder ir...
beijos...

Moacy Cirne disse...

Oi, Jeanne,
seu poema
foi parar no Balaio.

Um beijo.