quarta-feira, 19 de agosto de 2009

RETORNO

Que não venhas.
Deixa que eu retome a vida
nessa casa de fantasmas.
Porque vem a noite
e o canto dos grilos.
Há ainda os suores noturnos,
caminhadas intermináveis
com olhares taciturnos.
Não venhas. Nem te avizinhes.
Não faças tanto alarido.
Deixa.
Eu mesma rasgo esse vestido.

2 comentários:

Moacy Cirne disse...

Maravilha,
ao rasgar o seu vestido,
você se veste da mais pura poesia.

Um beijo.

BAR DO BARDO disse...

Parece o caso do vestido, em Drummond... Eu disse que parece, mas o texto é 100% Jeanne.

Obrigado!